segunda-feira, 26 de outubro de 2009

“ É projeto porque se compromete com um desejo (aquele que dá sentido á vida de um pai ou professor: promover o desenvolvimento de
seu filho, aluno) e argumenta a favor dele. Porque luta por ele. Não de-
sanima. E se um caminho tornou-se difícil ou impossível, busca outros.
Porque se não pôde fazer tudo que foi “previsto” no desejo, realizou o
que foi possível e necessário fazer em nome dele. Porque na realidade
de suas aulas sempre estiveram presentes a realidade de suas intenções
ou compromissos pedagógicos”.
César Cool

Projetos de Trabalho: desafiadores e positivos

Os projetos de trabalho tem a finalidade da aprendizagem significativa e globalizada, assim como não são uma resposta absoluta e sim tem a função de proporcionar uma evolução no trabalho discente e docente, pois faz com que alunos e professores busquem soluções para diversos problemas que estão globalizados, pois o projeto não foca uma só disciplina, além disso professores e alunos são agentes do processo de ensino, o professor passa a pesquisar, a descobrir, a aprender, este desafio torna-se prazeroso, pois às vezes os alunos argumentam sobre um tema ou questão que o professor não sabe.
Um grande desafio após ter o assunto a ser trabalhado é a organização dos conteúdos, mas também sabemos que os projetos de trabalham nos proporcionam uma organização mais aberta e flexível dos conteúdos escolares.
Os projetos de trabalho tornam-se contagiantes, pois os alunos comentam em casa o que aprenderam, assim como podem ser realizados cartazes de porta sobre o aprendizado do projeto para que a comunidade escolar e as famílias auxiliem, pois também tem esse objetivo. Em 2007 realizei um projeto sobre a água onde os pais responderam a pesquisa sobre o uso racionado da água, as fichas de pesquisas foram expostas e realizamos um gráfico sobre as medidas adotadas para utilizar a água de forma consciente.
Enfim os projetos de trabalho são positivos por serem desafiadores.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Eseu Nome é Jonas

Com o filme pude sanar algumas dúvidas a respeito da cultura surda, comparar como era antigamente, compreendi que havia muitas teorias sobre o assunto, por isso alguns surdos hoje lêem lábios, porque existiam teorias de incentivo a fala, mesmo que isso fosse mais difícil, também percebe-se através do filme que estes não pareciam felizes. Assim também entendi um pouco mais da cultura surda, pois nas cenas finais, a personagem Janny (mãe de Jonas) se encontra com várias pessoas surdas que usam a língua de sinais e demonstram ser muito felizes, o que também torna-se a solução para a vida de Jonas.
Emocionei-me várias vezes durante o filme, principalmente quando o personagem Jonas não era compreendido, quando expressava sentimentos de raiva ou medo. O bom é que no final ele mesmo pode compreender muitos fatos de sua vida, inclusive a morte de seu avô que tanto gostava.
Um fato que gostaria de comentar é sobre o final do filme, sem legenda, foi o que mais chamou a atenção entre as colegas que conversei, pois pensamos que foi proposital para nos sentirmos, nos colocarmos no lugar de alguém que não escuta, assim me senti, e ainda comentei que os primeiro sentimentos que nos despertam é a exclusão e a raiva por não conseguirmos participar do que está acontecendo.
Na atualidade percebo que o diagnóstico de crianças surdas já vem na faixa etária até os dois anos de idade, o primeiro passo dos pais é procurar cirurgias de reparação ou cura, aparelhos auditivos, e então orientados por alguém (médico, professor, fonoaudióloga) é que procuram uma escola para deficientes auditivos e iniciam a fase de aceitação, enfrentam também o preconceito, mas penso que já diminuiu bastante, inclusive os ouvintes sentem-se envergonhados por não saber LIBRAS.
Enfim, considero que o mais importante nessas situações é o trabalho com os sentimentos, sentimentos de carinho, aceitação, vontade de buscar, de lutar. Estar em interação com outras pessoas a fim de nos relacionamentos encontrarem os meios para tornar melhor a vida de todos.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

“ Um dia na ponte nascia um monte de árvores, e o lobo mau apareceu e disse para a Chapeuzinho: Você tem doces, mas ela vendia flores. E o lobo mau foi na frente e comeu a vovozinha, os caçadores tiraram a vovozinha e ela (Chapeuzinho) comeu os doces e repartiu com a vovozinha e a vovozinha disse: Não vai pela floresta, vai pelo bosque, ela desobedeceu, mas todos viveram felizes para sempre.” (Vítor Gabriel, 4 anos)
Quando pedi que esta criança me contasse uma história ela disse que não lembrava nenhuma, então sugeri que inventasse uma e ela me questionou se podia ser uma história errada. Iniciou contando uma história sobre a ponte e as árvores mas percebi que recordou outra história, também notei que na verdade ele mesmo se sentia a personagem Chapeuzinho por identificar-se como criança quando relata que repartiram os doces e novamente quando fala que Chapeuzinho não obedeceu a vovó.
Como explica Maria Virgínia Gastaldi, formadora de professores do Instituto Avisa Lá, de São Paulo. "O pensar não se estrutura internamente, mas no momento da fala." Assim também aconteceu neste relato pois iniciou contando uma história e através da linguagem seu pensamento trouxe outra história e de acordo com sua expressão oral ainda criou e modificou partes da história que já havia escutado.Na faixa etária de 3 a 6 anos de idade a criança não premedita o que vai falar e sim a linguagem é que formula o pensamento e a narrativa é a sua primeira forma de expressão linguística pois se interessa pelas narrativas contadas pelos adultos.